domingo, 25 de novembro de 2012

Mais estrangeiros já são barrados no Brasil que brasileiros no exterior



Por: Gustavo Villas Boas, Rodrigo Burgarelli - O Estado de S.Paulo
O crescimento da renda dos brasileiros e o aumento do controle da imigração no País já fazem com que, atualmente, mais estrangeiros sejam barrados ao tentar entrar no Brasil do que brasileiros no exterior. Neste ano, 5,3 mil estrangeiros foram impedidos de entrar no País, enquanto só 2 mil brasileiros foram barrados no exterior até julho. Os dados são da Polícia Federal e do Ministério das Relações Exteriores e foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

Nas últimas décadas, a procura por parte dos brasileiros de melhores oportunidades de trabalho no exterior fez autoridades de países como França, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos aumentar o rigor na hora de admiti-los. A tendência, porém, vem perdendo força desde 2007. A primeira inversão total foi no ano passado, quando 4.742 brasileiros foram barrados - menos da metade dos 10.294 estrangeiros impedidos de entrar no Brasil.

Segundo especialistas, a mudança reflete a realidade econômica. "Alguns anos atrás, víamos um fluxo de brasileiros indo para Estados Unidos e Europa em busca de oportunidades. Hoje, com uma economia mais aquecida no Brasil, vários deles estão voltando", diz Antônio Márcio da Cunha Guimarães, professor de Direito Internacional da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).

Dados da Polícia Federal obtidos pela reportagem mostram que, neste ano, chineses representam a nacionalidade com o maior número de barrados - 36%. Em seguida vêm Mianmar (7,6%), Filipinas (7,1%), Estados Unidos (5,9%) e Espanha (2,8%). A explicação para o alto número de americanos e espanhóis barrados está no princípio da reciprocidade adotado pelo Brasil.

Dinheiro. O fato de o brasileiro gastar muito no exterior tem facilitado sua entrada nos outros países. Até agosto deste ano, o valor foi de US$ 14,635 bilhões - recorde histórico. "Muitos países se deram conta de que não interessa passar a imagem de que os brasileiros não são bem-vindos. O turista brasileiro gasta bastante", diz o embaixador Sérgio França Danese.

Ainda hoje, porém, os países que mais barram brasileiros são da Europa, que hoje passa por uma grave crise. Parte desses países não exige vistos para turistas, o que aumenta a chance de alguns dos agentes de imigração decidir por não aceitar um viajante.

Fonte: www.estadao.com.br 

Tripulantes de navio fazem portos liderar os vetos

Por Tiago Décimo - O Estado de S. Paulo
A maior parte dos estrangeiros barrados ao tentar entrar em território nacional chega por navios em portos movimentados do litoral brasileiro. O local que lidera o ranking dos vetos a turistas ou imigrantes é o Porto do Rio – 25,5% dos 5.377 estrangeiros barrados no País neste ano tentaram desembarcar na capital fluminense. Em segundo lugar, vem o porto de Salvador, com 22,3% das ocorrências.
A explicação para o fenômeno, segundo a Polícia Federal, está no aumento da fiscalização nos portos nacionais, que hoje é feita com mais rigor do que há alguns anos. “A maioria desses impedimentos é motivada pela ausência de documentação adequada para ingressar no Brasil na condição de tripulante marítimo”, afirmou o órgão, por meio de nota.
Até 2010, o Porto de Salvador não constava do rol de pontos onde mais eram barrados estrangeiros no País. Em 2011, no entanto, foi apontado como o ponto onde mais passageiros tiveram a entrada no País negada. De acordo com a PF, foram 4.031 barrados no ano passado. Neste ano, o porto baiano segue entre os líderes do ranking, com 1.200 casos registrados até setembro – atrás apenas do porto carioca, com 1.373 casos.
Novo sistema. “O que mudou foi a adoção de sistemas informatizados para controle de imigração e de estrangeiros, como o Sistema de Tráfego Internacional (STI) e o Porto sem Papel”, diz a chefe da Delegacia de Polícia de Imigração da Bahia, Indira Croshere. De acordo com ela, a informatização permitiu que os dados da imigração do porto fossem integralmente repassados ao sistema, o que não ocorria quando a documentação era feita apenas em papel.
Outra explicação para o elevado número de barrados registrado no local é a posição geográfica de Salvador, uma vez que a cidade é, constantemente, a primeira parada no Brasil de navios vindos do Hemisfério Norte, que depois seguem para os portos do Sudeste e do Sul do País.
Segundo a delegada, praticamente todos os impedidos de desembarcar no porto “são tripulantes de navios de nacionalidades que exigem visto de entrada no Brasil e não têm documentação válida para ingresso”.
Em geral, esses trabalhadores chegam ao porto, desembarcam os produtos transportados e partem para outros destinos, sem descer da embarcação. Casos de turistas sem visto são considerados raros na cidade.
‘Gente do mar’. Segundo a Delegacia de Imigração, os estrangeiros mais barrados no Porto de Salvador são os provenientes de Mianmar e China, países para os quais o Brasil exige visto de entrada e que não são signatários da Convenção 185 da Organização Internacional do Trabalho, que regula a emissão dos documentos de identidade dos trabalhadores marítimos (ou “gente do mar”).
Até recentemente, alemães, croatas e filipinos também integravam a lista de mais barrados no porto baiano, até que seus países assinaram a convenção.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Brasil, Desarrollo Económico y Oportunidades

Con 193 millones de habitantes y 8,5 millones de km² de superficie, Brasil es el quinto país más poblado y más extenso. Ocupa casi la mitad del continente y linda con todos los países suramericanos, a excepción de Chile y Ecuador. En lo económico, Brasil tiene una renta per cápita de 12.789 de dólares EUA, un crecimiento de 7,5% en 2010, y un PIB superior a 2,1 billones de dólares EUA. Según el Fondo Monetario Internacional, Brasil es la sexta mayor economía del mundo. No menos importantes son los datos relativos al empleo y al consumo interno. En los últimos años, Brasil ha experimentado una reducción de la tasa de paro al mínimo histórico del 6,7% y ha elevado la clase media (la llamada “clase C” o familias con ingresos entre 450 y 1.800 Euros al mes) hasta el 52% de la población. Ello ha propiciado un aumento en el volumen de las importaciones para abastecer la creciente demanda interna.
El desarrollo de su economía, alineada con los denominados “brics” (Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica), junto con la contracción sufrida por Estados Unidos y Europa, han hecho de Brasil uno de los países más atractivos para inversores extranjeros, tanto en las inversiones directas como en las indirectas. A pesar de ello, Brasil es uno de los pocos países que no tiene firmado ningún convenio bilateral de inversión. Cuenta, sin embargo, con importantes programas para el fomento y la atracción de inversiones extranjeras, como son el PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) y el programa Minha Casa Minha Vida, que ofrecen grandes incentivos para toda la cadena de construcción, tanto de infraestructuras y obras públicas como de viviendas. Una iniciativa gubernamental también importante para impulsar el desarrollo del país fue la Parceria Público-Privada (PPP), por medio de la que se canalizan inversiones en infraestructuras, transporte y saneamiento, obras y prestación de servicios a la administración pública. También es destacable el Programa Brasil Emprendedor, coordenado por el Banco Nacional para el Desarrollo Económico y Social (BNDES), que sirve de estímulo al desarrollo de la pequeña y mediana empresa, así como del profesional. Sabido es que Brasil acogerá la Copa de las Confederaciones en el 2013, el Mundial de Fútbol en el 2014 y los Juegos Olímpicos en el 2016. Tales acontecimientos son, qué duda cabe, un catalizador de inversiones y de progreso.
Las relaciones económicas y comerciales entre España y Brasil hasta mediados de los años noventa fueron de marginal importancia, empezando a adquirir una nueva dimensión entre 1995 y 2001, y consolidándose a partir de entonces. En la actualidad, España es el segundo mayor inversor extranjero y Brasil es, además, el principal receptor de la inversión española en el exterior. Las inversiones españolas se han concentrado principalmente en sectores claves de la economía brasileña, como las telecomunicaciones, el sector eléctrico o la banca. El comercio bilateral entre los dos países alcanzó casi los 8.000 millones de dólares en 2011, lo que supone un incremento del 20% con respecto a 2010.  La creación del consorcio AACNI, De Souza & Nunes, con sede en Blumenau, pretende aprovechar esa inercia entre ambos países y aportar soluciones legales y de consultoría para la gestión y optimización de recursos. Los servicios de AACNI, De Souza & Nunes se dirigen básicamente a empresas, emprendedores, inversores y, en general, a ciudadanos brasileños y españoles con intereses en uno y otro país.

Maria Ivonete de Souza - Abogado. AACNI, De Souza & Nunes, Consórcio de Advogados. IN: AACNI LEX / MAYO - AGOSTO/2012